Ucrânia? UE avisa EUA: "Pressão tem de estar no agressor, não na vítima"
- 20/11/2025
"A pressão tem de estar no agressor [Rússia], não na vítima [Ucrânia], fazê-lo só vai convidar a mais agressões", disse a alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Kaja Kallas, em conferência de imprensa no final de uma reunião ministerial em Bruxelas.
Insistindo na ideia que deixou durante declarações feitas hoje de manhã, Kaja Kallas alertou Washington da oposição europeia ao plano de paz proposto pelo Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, divulgado na quarta-feira pela imprensa internacional, que inclui a cedência de territórios ucranianos controlados pela Rússia e a redução das Forças Armadas da Ucrânia.
"A nossa posição não mudou: para que qualquer plano de paz tenha sucesso tem de ser apoiado pela Ucrânia e pela Europa", frisou.
Questionada pelos jornalistas sobre a exequibilidade do plano de Donald Trump e a proximidade do Presidente dos EUA ao Kremlin (presidência russa), Kaja Kallas disse que a UE "está calma".
"Já assistimos a isto", reforçou.
A chefe da diplomacia do bloco europeu insistiu ainda que a abordagem dos 27 Estados-membros vai continuar a ser a aplicação de sanções para reduzir as capacidades militares russas e um plano que recompense o país invadido, garantindo a segurança do continente europeu.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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