Ucrânia? Trump quer acordo de paz assinado antes do Dia de Ação de Graças
- 21/11/2025
Donald Trump está a pressionar Volodymyr Zelensky para que apoie a proposta antes de 27 de novembro, e ameaça retirar o apoio à Ucrânia se não o fizer, disseram cinco pessoas familiarizadas com o assunto ao jornal.
Os Estados Unidos estão a enviar sinais à Ucrânia de que tudo poderá ficar em suspenso se não assinar dentro de uma semana, referiram dois funcionários, de acordo com a notícia citada pela agência espanhola EFE.
O plano de 28 pontos, inspirado no da guerra na Faixa de Gaza, coloca em causa algumas das linhas vermelhas de Zelensky, como a cessão de território ucraniano a domínio russo.
O documento inclui a exigência de que Kiev retire as tropas do território que ainda controla na região oriental do Donbass, formada pelas unidades administrativas de Lugansk e Donetsk.
Prevê também que o exército ucraniano seja reduzido para 600.000 efetivos depois da guerra, em vez dos cerca de 880.000 atuais, e que a Ucrânia renuncie à entrada na NATO, prevista na Constituição.
Em troca, a Ucrânia receberá garantia de segurança face a uma eventual nova ofensiva russa.
A intenção de Trump é que a Ucrânia assine o pacto, para que seja depois apresentado ao líder russo, Vladimir Putin, segundo a EFE.
A presidência russa negou ter recebido oficialmente a proposta dos Estados Unidos.
O secretário do Exército dos Estados Unidos, Daniel Driscoll, apresentou a proposta norte-americana a Zelensky na quinta-feira, em Kiev.
Apesar de a Ucrânia não ter participado na elaboração do documento, Washington disse que estava a dialogar com Moscovo e Kiev "por igual".
Zelensky falou hoje ao telefone com os líderes alemão, francês e britânico para se assegurar de que as posições de princípio de Kiev têm o apoio europeu.
Friedrich Merz, Emmanuel Macron e Keir Starmer saudaram os "esforços norte-americanos" para pôr fim à guerra e asseguraram a Zelensky o "apoio total e inalterado no caminho para uma paz duradoura e justa", segundo o Governo alemão.
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