Secular museu de Maputo reabriu mais moderno e com melhores condições

  • 06/10/2025

"Anteriormente estavam com problemas sérios de conservação, por causa das condições da infraestrutura. Uma das intervenções na infraestrutura foi a remodelação total e completa do teto. Nós tínhamos problemas de infiltração, mas agora os problemas foram resolvidos", disse a diretora do Museu de História Natural de Maputo, Lucília Chuquela, em entrevista à Lusa.

 

Renovado, após dois anos obras num edifício de 1933, de 4,2 milhões de euros financiados pela cooperação italiana, e reaberto ao público desde 01 de outubro, o espaço passou a ter também exposições enriquecidas com a restauração dos animais, através de técnicas de taxidermia modernas, ao mesmo tempo que foram introduzidas novas soluções museográficas e tecnológicas permitindo maior inclusão e acessibilidade para pessoas com deficiência. 

"Reabrimos como um museu moderno, pela capacidade deste museu de ser inclusivo, porque uma das coisas determinadas pelo Comité Internacional dos Museus é que os museus devem ser inclusivos e nós agora somos inclusivos e abrangentes", referiu Chuquela.

Ainda assim, reconhece, por conta dos problemas de infiltração existentes, uma parte dos animais, que também representam a história moçambicana, teve de ser retirada das exposições devido ao seu estado avançado de degradação. Na atual apresentação, a sala de exposição das espécies marinhas é a mais composta. 

O museu requalificado passa, agora, a contar com uma sala de descobertas, destinada a auxiliar a educação de estudantes, e foi criada sob proposta de um grupo de professores, ouvidos na fase de auscultação.

"Nós agregámos na nossa requalificação uma sala de exposições temporárias e também temos uma sala de descobertas e esse é o grande passo porque nós vamos contribuir de uma maneira informal para a educação dos alunos", disse Lucília Chuquela, sublinhando que o museu está também enriquecido em temáticas educativas.

"As nossas exposições também se tornaram mais interativas, informativas e, acima de tudo, mais inclusivas e acho que este é o papel fundamental deste museu nesta nova era", acrescentou.

A responsável sublinha que o museu, formalmente criado em 1911, continua empenhado em contribuir para que o país Moçambique tenha conhecimento sobre o real estado da conservação das espécies, incluindo aqueles em vias de extinção.

Gertrudes Massango, aluna de 14 anos, saiu da escola para visitar o Museu de História Natural de Maputo pela primeira vez e no primeiro dia que abriu para visitas públicas, atraída pelo desejo de conhecer a história da selva e da savana moçambicana.

"Foi uma experiência emocionante conhecer os animais e um pouco da nossa história. Aprendi muito sobre os animais e sobre os instrumentos que os nossos antepassados usavam", descreveu a aluna, à saída do museu, na companhia de um grupo de outras alunas.

Foi o caso também de Joelina António. Visitou o museu e saiu com a mesma impressão que teve em criança, quando ali entrou pela primeira vez, só que agora voltou com a filha e as irmãs, para um reencontro que permitiu renovar o seu encanto pela história natural.

 "Estou impressionada. Eu já vim aqui há muito tempo, quando era criança, então fiquei feliz com a reabertura. É sempre muito importante levar as crianças para ver a nossa história [principalmente] a do elefante", disse.

O Museu de História Natural de Maputo funciona há quase um século num edifício histórico de estilo Manuelino, do período colonial português, apresentado como um dos monumentos mais emblemáticos do país.

 Atualmente sob gestão da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), o museu esteve encerrado entre 2023 a 2025, para dar lugar a obras de requalificação, financiadas pela Agência Italiana de Cooperação para Desenvolvimento (AICS).

O projeto de requalificação arquitetónica incluiu, além da substituição da cobertura, a instalação de climatização para manter "ambiente adequado" para as espécies e objetos expostos e a instalação de sistema de deteção de incêndios no interior do edifício.

O museu conta agora, também, com novas áreas temáticas, incluindo uma sala etnográfica com cerca de 500 objetos ligados às práticas culturais de diversos povos moçambicanos, abrangendo arte, escultura, música, ourivesaria, cerâmica e cestaria, complementada por um acervo fotográfico histórico.

De acordo com o financiador do projeto, a iniciativa incluiu, igualmente, a criação de um Centro de Conservação da Biodiversidade, foi coordenado pelo Polo Museale da Universidade Sapienza de Roma, em parceria com a Estação Zoológica Anton Dohrn e a ONG WeWorld.

 

Leia Também: Greve encerra vários museus e monumentos pelo país

 

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/cultura/2865369/secular-museu-de-maputo-reabriu-mais-moderno-e-com-melhores-condicoes#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Participe atraves do nosso Whatssap

Top 5

top1
1. sonhos

voz da verdade

top2
2. lugares altos

renascer praiser

top3
3. soldado ferido

junior

top4
4. com muito louvor

cassiane

top5
5. fiel toda vida

rose nascimento

Anunciantes