PS/Açores: Saída da Ryanair é "retrocesso brutal" e "golpe" na mobilidade
- 20/11/2025
Numa nota de imprensa acompanhada de uma declaração áudio, a deputada da oposição refere que, "após 10 anos de operações durante todo o ano, uma das regiões mais remotas da Europa perde agora ligações diretas de baixo custo, nomeadamente para Lisboa e Porto, num contexto de custos aeroportuários elevados e inação política".
No seu entendimento, o responsável é o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), "cúmplice, pela omissão e alinhamento político com a ANA e com o Governo da República", e "é lamentável assistir à inércia" do executivo açoriano.
A Ryanair vai encerrar todos os voos para os Açores a partir de março de 2026, alegando as elevadas taxas aeroportuárias e "a inação do Governo", anunciou hoje a companhia aérea de baixo custo.
A operadora tinha já ameaçado abandonar as rotas dos Açores, que ligam Lisboa e Porto às ilhas de São Miguel e Terceira, e em 2023 reduziu o número de voos nestes percursos.
Em setembro, o presidente executivo da Ryanair, Michael O'leary, anunciou, em Lisboa, quatro novas rotas em Portugal para o inverno (que têm como origem Porto, Faro e Funchal) e, de acordo com algumas notícias, a companhia - que tem quatro bases nos aeroportos portugueses (Porto, Lisboa, Faro e Madeira) -, já tinha pedido a reabertura da base área a maior cidade açoriana, Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
As ligações regulares do arquipélago com Lisboa e Porto são realizadas também por outras companhias aéreas, a Azores Airlines (Grupo SATA) e a TAP. As ligações entre as ilhas são concretizadas apenas pela SATA Air Azores.
Marlene Damião recorda que há apenas oito dias o Governo Regional "posava ao lado da ANA, elogiando planos de expansão", mas "sem acautelar o impacto das taxas e políticas que, segundo a Ryanair, tornaram insustentável operar nos Açores".
A socialista quer que o executivo açoriano "avance de imediato com diligências que garantam a manutenção da operação da Ryanair na região".
Marlene Damião defende "ações imediatas do Governo Regional junto da República e da ANA para manter ligações aéreas e garantir alternativas que defendam a região, os residentes e a economia".
"Este é um assunto demasiado importante para os Açores para ser tratado com silêncio e passividade", considera.
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