Presidente colombiano propõe Governo de transição partilhado na Venezuela
- 21/11/2025
Numa publicação extensa na rede social X, Petro rejeitou "soluções que não se baseiam no diálogo" e que procuram "garantir a vitória de um setor através do extermínio do outro".
O chefe de Estado defendeu a formação de um Governo transitório que convoque uma ampla vontade popular para decidir acordos e abrir caminho à democracia, alegando que tal processo deve decorrer "sem pressões indevidas".
Petro admitiu ter participado em iniciativas para promover o diálogo na Venezuela e revelou que, antes das presidenciais de julho de 2024, mediou contactos entre o Governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e a administração do então Presidente norte-americano Joe Biden.
Segundo o líder colombiano, o objetivo era levantar sanções, reduzir a tensão política e criar condições para eleições livres, mas o bloqueio manteve-se e a opositora María Corina Machado não foi autorizada a concorrer.
O Presidente da Colômbia sublinhou ainda que as eleições "não foram livres" num país sujeito a sanções e alertou que a ameaça de intervenção armada está a "arruinar uma solução política que deve partir do povo venezuelano".
Petro referiu o aumento das tensões com Washington desde o destacamento militar norte-americano no mar das Caraíbas, operação que Caracas considera uma ameaça e tentativa de mudança de regime.
O Presidente colombiano avisou que uma ação militar externa poderá fortalecer grupos armados ilegais e gangues, fragmentando o território e o Estado venezuelano e criando um cenário semelhante ao da Líbia ou do Médio Oriente.
Leia Também: Influencer: PGR "tomará medidas" se vir irregularidades, garante ministra















