Presidenciais. ERC e LabCom-UBI vão monitorizar desinformação nas redes
- 20/11/2025
O objetivo, segundo a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), é "identificar conteúdos de desinformação publicados nas redes sociais no contexto das eleições presidenciais 2026".
Este trabalho de acompanhamento desenvolvido pela equipa do LabCom-UBI iniciou em 17 de novembro e irá decorrer até ao dia das eleições, 18 de janeiro de 2026.
"A análise incide sobre conteúdos associados aos candidatos, publicados nas plataformas Facebook, X, Instagram, TikTok e YouTube", acrescenta a ERC.
Entre os conteúdos desinformativos que serão objeto de análise estão sondagens falsas ou desenvolvidas por empresas não registadas na ERC; notícias alteradas para promover uma perceção enganosa da realidade; e publicações que mimetizem o grafismo/formato de órgãos de comunicação social para efeitos desinformativos, segundo o regulador.
Também serão analisados conteúdos publicados em meios de comunicação não registados na ERC; vídeos informativos manipulados a nível de som, imagem, texto, ou outro formato; e conteúdos que descredibilizem a comunicação social e o trabalho jornalístico, acrescenta.
"A ERC mantém-se firmemente empenhada no combate à desinformação, um desafio que assume particular relevância em períodos eleitorais", afirma a presidente da entidade reguladora, Helena Sousa, citada no comunicado.
A colaboração "científica estabelecida com o LabCom-UBI tem permitido articular investigação académica e intervenção regulatória, oferecendo uma visão abrangente sobre a circulação de conteúdos falsos nas redes sociais. Este trabalho conjunto representa um contributo decisivo para reduzir o impacto das narrativas falsas nas escolhas dos cidadãos e para reforçar a defesa da qualidade democrática do nosso espaço público", remata a presidente.
Por sua vez, João Canavilhas, investigador do LabCom-UBI, também citado em comunciado, destaca que "é mais uma colaboração que reforça os laços entre a ERC e o LabCom-UBI e mostra como é possível colocar a investigação em Ciências da Comunicação ao serviço da comunidade".
"O sucesso da colaboração levou até ao lançamento de uma estrutura dentro do LabCom que se dedica exclusivamente ao estudo da desinformação política - o ODEPOL - Observatório da Desinformação Política - com particular incidência nas redes sociais", sublinha o responsável.
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