"Porquinha"? Casa Branca defende "honestidade" de Trump: "Respeitoso"
- 21/11/2025
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, considerou, na quinta-feira, que o presidente norte-americano, Donald Trump, foi reeleito pela sua "honestidade", tendo apontado que é "muito mais respeitoso" do que o anterior chefe de Estado, Joe Biden.
"Acho que todos nesta sala devem apreciar a honestidade e a abertura que o presidente Trump demonstra quase diariamente", começou por dizer Karoline Leavitt, em conferência de imprensa.
Questionada quando às declarações do presidente norte-americano, que apelidou de "porquinha" uma jornalista que o indagou sobre o caso Epstein, a porta-voz da Casa Branca defendeu que Trump é "muito mais respeitoso" do que Biden.
"O presidente é muito franco e honesto com todos nesta sala. Vocês já viram isso. Todos vocês já passaram por isso. Acho que essa é uma das muitas razões pelas quais o povo norte-americano reelegeu este presidente, por causa da sua honestidade. E denuncia notícias falsas quando as vê. Fica frustrado com os jornalistas quando mentem sobre ele, quando espalham notícias falsas sobre ele e o seu governo", disse.
E concretizou: "O presidente ser franco, aberto e honesto com vocês, em vez de se esconder, é, francamente, muito mais respeitoso do que o que viram na última administração."
Recorde-se que o episódio em causa aconteceu a abordo do Air Force One, na passada sexta-feira, mas só veio à tona na terça-feira. "Cala-te. Cala-te, porquinha", disse Trump, apontando o dedo a Catherine Lucey, correspondente da Bloomberg na Casa Branca.
As imagens do incidente, que correram as redes sociais, provocaram uma onda de indignação entre jornalistas, entre eles Jake Tapper, um dos principais pivots da CNN, que classificou o comportamento do chefe de Estado como "repugnante e completamente inaceitável".
Gretchen Carlson, ex-pivot da Fox News, também considerou que o comentário foi "repugnante e degradante".
Entretanto, a Bloomberg salientou, em comunicado, que os seus correspondentes na Casa Branca "prestam um serviço público essencial, fazendo perguntas sem medo ou preconceito".
"Continuamos focados em noticiar assuntos de interesse público de forma justa e precisa", acrescentou a agência noticiosa.
Note-se ainda que Trump ameaçou revogar a licença da ABC News, após a jornalista Mary Bruce ter feito perguntas sobre os negócios da sua família na Arábia Saudita e sobre o homicídio do jornalista Jamal Khashoggi, que foi morto por agentes sauditas, em 2018.
Desde o início do seu segundo mandato, em janeiro, Trump já processou judicialmente vários media norte-americanos - incluindo o Wall Street Journal, o New York Times e a CBS - e, mais recentemente, anunciou que fará o mesmo com a britânica BBC.
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