Pelo menos cinco decapitados por supostos rebeldes em Cabo Delgado

  • 20/11/2025

Segundo as fontes locais, os camponeses foram mortos à luz do dia de segunda-feira, quando procuravam por estacas nas matas do perímetro entre a localidade de Mapate e a aldeia Litapata, próximo à lagoa Nhanje.

 

"Meu tio estava no grupo e de repente lhe foi exigido valores monetários que não tinham e depois foram cortadas as cabeças", disse uma fonte a partir do distrito de Muidumbe.

Segundo a mesma fonte, os corpos foram descobertos por paramilitares da Força Local durante patrulha, após relatos sobre a presença de grupos terroristas na zona baixa de Muidumbe.

As vítimas foram sepultadas no local em que foram encontradas, devido ao estado avançado de deterioração dos corpos, avançou a fonte.

"Foram enterrados lá mesmo", disse outra fonte à Lusa, também a partir de Muidumbe.

Quase 1.600 pessoas fugiram em poucos dias do distrito de Muidumbe devido aos ataques de grupos terroristas, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Segundo o mais recente relatório do terreno daquela agência das Nações Unidas, desde 13 de novembro que o distrito assiste a "uma presença significativa de grupos armados não estatais", provocando "deslocamentos devido à insegurança e ao medo de novos ataques nas áreas circundantes".

O último ataque conhecido em Muidumbe aconteceu no passado sábado, em que pelo menos uma pessoa morreu e outra ficou ferida após a incursão de supostos rebeldes em Nampanha, a 25 quilómetros da sede daquele distrito, relataram à Lusa fontes locais.

Um levantamento da organização de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos (ACLED, na sigla em inglês), noticiado anteriormente pela Lusa, estima que a província moçambicana de Cabo Delgado registou 11 eventos violentos entre 27 de outubro e 09 de novembro, essencialmente envolvendo elementos ligados ao movimento extremista Estado Islâmico, provocando 10 mortos entre civis.

De acordo com o mais recente relatório da ACLED, dos 2.251 eventos violentos registados desde outubro de 2017, quando começou a insurgência armada em Cabo Delgado, um total de 2.077 envolveram elementos associados ao Estado Islâmico Moçambique (EIM).

Estes ataques provocaram 6.316 mortos em pouco mais de oito anos, refere-se no novo balanço, incluindo as dez vítimas reportadas nestas duas semanas, entre outubro e novembro.

A primeira-ministra moçambicana, Benvinda Levi, reconheceu na semana passada a "persistência de ações terroristas" como um dos principais desafios do país, mas apontou uma "estabilização" no terreno, que tem permitido o "regresso gradual" das populações às zonas de origem.

"Um dos principais desafios que o nosso país regista de momento é a persistência de ações terroristas em alguns distritos de Cabo Delgado, onde estes têm estado a recorrer, entre outros 'modos operandi', a ataques esporádicos e dispersão em pequenos grupos", reconheceu, ao intervir no parlamento para prestar informações aos deputados.

Leia Também: Moçambique ainda deve 180 milhões a fornecedores do Estado de 2024

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2891356/pelo-menos-cinco-decapitados-por-supostos-rebeldes-em-cabo-delgado#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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