Moedas contraria ideia de corrida renhida: "Na rua estou sempre à frente"
- 04/10/2025
"Força aí, isso está renhido", ouviu-se numa barbearia na Avenida da Igreja, onde Carlos Moedas entrou e respondeu: "Não, não está nada renhido. Na rua não está renhido, na rua estou sempre à frente e é na rua que conta."
Em 2021, também numa arruada na Avenida da Igreja, Carlos Moedas contou com o apoio da antiga presidente do PSD Manuela Ferreira Leite. Hoje, no âmbito da campanha para eleições autárquicas de 12 de outubro, a comitiva do atual presidente da Câmara de Lisboa e recandidato ao cargo integrou três ministros do PSD, nomeadamente António Leitão Amaro, Joaquim Miranda Sarmento e Margarida Balseiro Lopes, que registaram o momento com uma 'selfie'.
Porta a porta, Carlos Moedas entrou em todo o tipo de comércio, desde uma casa de café a uma churrasqueira. Além de cumprimentos, recebeu palavras de apoio e força. O mesmo se passou na rua, sobretudo com pessoas idosas a manifestarem confiança na sua reeleição.
"Gosto mesmo muito de si. Vamos ganhar de certeza", expressou uma senhora junto ao Mercado de Alvalade, no arranque da arruada, que começou com a abordagem de um homem em condição de sem-abrigo, que se queixou dos serviços sociais e que pediu a Carlos Moedas que lhe pagasse o pequeno-almoço, pedido que foi correspondido.
"Ah grande Moedas, vai ganhar isto", gritou um idoso, ao ver a comitiva da candidatura "Por ti, Lisboa", que junta PSD, CDS-PP e IL.
"Acredite que vamos sair vencedores, mais uma vez", afirmou uma outra lisboeta.
No meio do percurso, ao som da música "People Have the Power", de Patti Smith, e de gritos de apoio da comitiva como "Moedas, amigo, Lisboa está contigo", o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, acrescentou: "Daqui a uma semana vai ser Lisboa quase inteira, a maioria."
Dizendo privilegiar "o escrutínio da rua", Carlos Moedas manifestou "imensa confiança", referindo que é a confiança que os lisboetas lhe dão, "que querem continuar com este projeto", iniciado há quatro anos.
Em Alvalade, o social-democrata destacou o novo parque de estacionamento: "Estava há 20 anos à espera para ser feito. Nunca ninguém fez. Nós fizemos e as pessoas reconhecem isso."
O ex-comissário europeu reiterou as críticas à candidatura de Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), considerando que é "um projeto liderado pelo Bloco de Esquerda".
O candidato falou de "uma série de bloqueios ideológicos" durante o atual mandato por parte do BE, incluindo "a construção de residências para estudantes a preço acessíveis, mas que eram feitas por privados, porque não gostam dos privados".
Carlos Moedas lembrou ainda as propostas do Bloco para fechar o trânsito na Avenida da Liberdade aos domingos e feriados, e para reduzir a velocidade máxima permitida nas ruas de Lisboa em 10km/h, considerando que constituem a "visão da imposição e da ideologia".
Defendendo a criação de alternativas na mobilidade, o autarca afirmou que o transporte público é o melhor meio de transporte para uma cidade e para evitar a entrada de carros: "Agora não podemos proibir os carros. Não pode haver esta ideologia contra os carros ou contra as bicicletas. Uma cidade é feita de todos."
Entre os compromissos assumidos estão o novo elétrico 16, que vai até Loures, e o 'metrobus' de Alcântara até Oeiras e depois de Benfica até Oeiras, que se prevê "em funcionamento em 2028", para evitar a entrada de 4.000 carros em Lisboa.
O autarca do PSD questionou ainda a posição da socialista Alexandra Leitão sobre imigração, uma vez que o PS votou contra a nova lei dos estrangeiros na Assembleia da República.
Para Moedas, "é preciso ter uma imigração regulada", para assegurar acolhimento "com dignidade", assim como o respeito pela cultura e pelos valores europeus.
Concorrem à Câmara de Lisboa nas próximas eleições autárquicas Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Bruno Mascarenhas (Chega), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN), Tomaz Ponce Dentinho (PPM/PTP) e Luís Mendes (RIR).
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