MNE do Japão garante que vai resolver divergência com China pelo diálogo
- 20/11/2025
"A comunicação a vários níveis será essencial. Ainda não foi decidido a que níveis serão realizadas as conversas, mas, ao realizá-las em diferentes fóruns, reduziremos as preocupações e os problemas e aumentaremos o entendimento e a cooperação", avançou Toshimitsu Motegi.
As declarações do ministro foram feitas numa comissão parlamentar sobre a reunião de terça-feira, em Pequim, entre o responsável do Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês para os Assuntos da Ásia e Oceânia e o homólogo chinês.
A reunião terminou sem avanços significativos e gerou controvérsia nas redes sociais depois de terem sido divulgados nas redes sociais vídeos que pareciam mostrar o enviado japonês a agir de forma subserviente e o enviado chinês a ser desrespeitoso.
"Essa não foi, de todo, a situação em que a reunião ocorreu", assegurou o chefe da diplomacia japonesa.
Segundo Motegi, durante a reunião, o representante japonês refutou as alegações das autoridades chinesas sobre o agravamento da situação de segurança no arquipélago, usadas como justificação para desaconselhar os cidadãos chineses a visitarem a ilha, e a posição de Tóquio em relação a Taipé.
O Japão e a China estão a viver um período de grande tensão diplomática causada por declarações depois de a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, que assumiu o cargo há um mês, ter dito no parlamento nacional que um ataque chinês a Taiwan poderia justificar uma intervenção das Forças de Autodefesa do Japão.
O Governo chinês criticou Takaichi e instou o Japão a "retirar as declarações erradas, a parar de criar problemas e a tomar medidas concretas para salvaguardar a base política das relações bilaterais".
A China avisou ainda que continuará a tomar medidas duras se Tóquio não se retratar dos comentários sobre Taiwan, depois de ter anunciado a suspensão da importação de marisco japonês.
O Japão não reconhece oficialmente a soberania de Tawan, que a China considera uma província rebelde, mas mantém laços estreitos com a ilha, onde deixou um legado significativo após meio século de ocupação, sendo que visitas de deputados japoneses afetos ao Governo de Taipé são frequentes.
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