Marcelo diz que há "sinais de diálogo" entre Governo e a UGT e CGTP
- 20/11/2025
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta quinta-feira que existem "sinais" de "diálogo" entre o Governo e as centrais sindicais UGT e CGTP que podem evitar a realização da greve geral de 11 de dezembro.
"Têm havido, nos últimos dias, sinais - e são sinais que eu considero positivos - da parte da UGT de uma manutenção da disposição de diálogo e penso que alargada, em termos da concertação social, a outros parceiros. Da parte do Governo também há alguns sinais nesse sentido", afirmou, em declarações aos jornalistas, à chegada ao Mónaco.
Para Marcelo, esses sinais revelam que "há tempo e espaço para continuar a falar", mas sublinhou que a "greve geral é uma forma de manifestação e pressão da parte das entidades sindicais".
Recorde-se que no passado dia 9 de novembro, um dia após o anúncio da greve geral, o Presidente da República considerou que a paralisação foi marcada quando "a procissão ainda vai no adro" em relação à discussão do pacote laboral.
"Faz sentido ser discutida na concertação social, faz sentido ser discutida com os partidos", pelo que "é uma matéria em que a procissão ainda vai no adro", afirmou o chefe de Estado, em declarações aos jornalistas.
O Presidente da República salientou que o país vai esperar que o processo seja concluído, prevendo que esta proposta do Governo "só será discutida no parlamento no final deste ano, provavelmente só no ano que vem".
A CGTP e a UGT decidiram convocar uma greve geral para 11 de dezembro, em resposta ao anteprojeto de lei da reforma da legislação laboral, apresentado pelo Governo.
A greve convocada pelas duas centrais sindicais surge em reação à proposta de reforma à lei laboral por parte do Governo, que propõe o aumento da duração dos contratos a prazo, o regresso do banco de horas individual, o fim do travão à contratação externa após despedimentos, a revisão das licenças parentais e reforço dos serviços mínimos obrigatórios em caso de greve, entre outras alterações propostas.
Esta será a primeira paralisação a juntar as duas centrais sindicais, CGTP e UGT, desde junho de 2013, altura em que Portugal estava sob intervenção da troika.
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