Mandados para 18 suspeitos de corrupção devido a cheias nas Filipinas

  • 21/11/2025

O chefe de Estado filipino tem vindo a debater-se contra a indignação pública e até internacional face ao fenómeno da corrupção num país-arquipélago de muita pobreza e alvo geográfico de fenómenos atmosféricos como tufões e consequentes inundações, na zona tropical do sudeste da asiático.

 

Os mandados de captura, sobre os quais Marcos jr. comentou que seriam só o começo, foram decretados pelo "Sandiganbayan", um tribunal especial para o combate à corrupção, visando o antigo membro da Casa dos Representantes Zaldy Co, que pediu demissão e está em paradeiro incerto, e outros 17 suspeitos, incluindo técnicos governamentais e executivos da empresa de construção civil Sunwest Corporation.

O Ministério Público requereu que não seja estabelecido um valor de fiança porque a amplitude das verbas do projeto de dique em causa chega aos 289 milhões de pesos (filipinos), cerca de 43 milhões de euros.

"Vão ser presos e responder em tribunal, como dita a Lei. Não vai haver tratamento especial e ninguém vai ser poupado", afirmou o presidente filipino numa mensagem vídeo na qual agradeceu à população pela sua paciência.

Marcos prometera há uma semana que, pelo menos, 37 senadores e membros do Congresso filipino, bem como vários construtores civis estavam ligados ao escândalo e que passariam o Natal na prisão.

Um dos procuradores encarregados do caso, Jesus Crispin Remulla, disse à agência norte-americana Associated Press que, pelo menos, cinco antigos ou atuais senadores estão sob investigação por, alegadamente, aceitarem subornos naqueles projetos de construção civil para combater as inundações.

Entre os suspeitos estão aliados e opositores de Marcos, como Martin Romualdez, primo do presidente filipino ou o senador Bong Go, próximo do antigo presidente das Filipinas Rodrigo Duterte, tendo ambos negado as respetivas acusações no escândalo.

Estão em causa 9.855 projetos de controlo de drenagem, avaliados em mais de 545 mil milhões de pesos filipinos (oito mil milhões de euros), que deveriam estar em obra após Marcos assumir o poder, em meados de 2022.

Em setembro, o ministro das Finanças das Filipinas, Ralph Recto, admitiu que, desde 2023, podem ter sido desviados 118,5 mil milhões de pesos filipinos (1,75 mil milhões de euros) devido à corrupção ligada a estes empreendimentos de contenção das enchentes.

Leia Também: Mais de 1,7 milhões de crianças filipinas afetadas pelo supertufão

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2892252/mandados-para-18-suspeitos-de-corrupcao-devido-a-cheias-nas-filipinas#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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