Lula indica aliado para juiz no Supremo do Supremo Tribunal Federal
- 20/11/2025
A candidatura de Jorge Messias será avaliada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, em data ainda por definir, e depois será submetida a votação no plenário dessa câmara, onde precisará de maioria absoluta para se tornar um dos 11 juízes da mais alta instância judicial do país.
Se a nomeação for confirmada, Jorge Messias, principal conselheiro jurídico do Governo e membro de uma Igreja evangélica, ocupará o lugar de Luís Roberto Barroso, que anunciou a saída em outubro.
Este é o terceiro candidato indicado por Lula da Silva para o STF desde que regressou ao poder, em 01 de janeiro de 2023.
Antes, propôs o seu antigo advogado pessoal, Cristiano Zanin, e o seu ministro da Justiça, Flávio Dino.
A escolha do Advogado-Geral da União para ocupar um lugar no Supremo já se repetiu no passado.
O antecessor de Lula da Silva, o Jair Bolsonaro (2019-2022), condenado por tentativa de golpe de Estado, também optou durante o seu mandato por indicar André Mendonça, igualmente de perfil evangélico.
Natural de Recife, Jorge Messias tem 45 anos e poderá permanecer no STF até 2055, quando completará 75 anos, idade máxima para exercer como magistrado da corte.
Advogado-Geral da União desde janeiro de 2023, homem de confiança do Presidente e ativo nas redes sociais, Messias sempre foi um dos favoritos para substituir Barroso, segundo a imprensa brasileira.
É licenciado em Direito, mestre em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional e doutorado pela Universidade de Brasília, onde também lecionou.
Funcionário de carreira, o seu nome já esteve ligado a outras administrações do Partido dos Trabalhadores (PT), liderado por Lula da Silva, como quando foi subchefe de Assuntos Jurídicos no Governo de Dilma Rousseff (2011-2016).
A nomeação de Messias frustra também o movimento feminista brasileiro, que lançou uma campanha de pressão para que Lula da Silva escolhesse uma mulher.
Se Jorge Messias superar a votação no Senado, o Supremo Tribunal Federal do Brasil ficará composto por dez homens e apenas uma mulher: Cármen Lúcia Antunes.
Leia Também: COP: Lula quer petrolíferas, mineradoras e super ricos a pagar transição















