Líder da oposição israelita disposto a apoiar Netanyahu após cessar-fogo
- 05/10/2025
"Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que o acordo seja cumprido conforme previsto", afirmou Lapid na sua conta na rede social X, garantindo ter conversado com a equipa do presidente dos EUA, Donald Trump.
Sobre essa conversa, adiantou que a equipa do presidente norte-americano queria saber se a rede de segurança prometida por Yair Lapid era real.
"A resposta que receberam foi um sonoro 'sim'", afirmou.
De acordo com o líder da oposição israelita, "Netanyahu não tem nenhum impedimento político para concluir o processo que o presidente Trump iniciou esta semana".
"Ele [Netanyahu] pode combinar comigo uma data para as [próximas] eleições e obter uma garantia contra os seus parceiros extremistas e irresponsáveis. Este acordo pode ser alcançado, este acordo deve ser alcançado", acrescentou.
As suas declarações surgem nas vésperas das negociações indiretas entre Israel e o grupo islâmico Hamas no Egito, previstas para segunda-feira, a fim de abordar a proposta dos Estados Unidos juntamente com os mediadores (EUA, Egito e Catar).
A proposta de Trump, com 20 pontos, prevê, numa primeira fase, uma troca do total de 48 reféns, vivos e mortos, por prisioneiros palestinianos, após o que haverá um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
Esta primeira fase deverá ser seguida por uma retirada gradual do exército israelita de Gaza, a formação de um governo de transição do enclave, supervisionado pelo presidente republicano e pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, a desmilitarização da Faixa e a possibilidade de negociar no futuro um Estado palestino.
Embora o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tenha dito aceitar a proposta e o Hamas também a tenha aprovado na sexta-feira, os islamistas pediram para negociar alguns dos seus pontos, como as fases e os mapas da retirada de Israel de Gaza.
Netanyahu sabotou acordos de cessar-fogo anteriores --- em março, rompeu-o unilateralmente, matando mais de 400 palestinianos de madrugada --- por medo de perder o apoio parlamentar e a queda do seu governo de coligação com extremistas do sionismo religioso.
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