Irão só dará acesso a instalações bombardeadas se houver acordo com AIEA

  • 20/11/2025

"As instalações que foram atacadas têm a sua própria história e, enquanto não for tomada uma decisão e não for chegada a uma conclusão entre nós, a AIEA e outras (partes), a cooperação não é possível", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, numa entrevista transmitida na rede social Telegram. 

 

A entrevista no Telegram foi divulgada antes da aprovação, hoje, de uma resolução pela AIEA, pelo que Araghchi não especificou o tipo de acordo.

Hoje, em Viena, o Conselho de Governadores da AIEA aprovou uma resolução em que apela ao Irão para cooperar "plena e imediatamente" na questão do nuclear.

O texto, aprovado por 19 votos (três contra e 12 abstenções), exorta Teerão a uma "cooperação completa e rápida" e a "fornecer as informações e o acesso" às instalações nucleares solicitados pela AIEA, referiu o documento consultado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

A resolução foi apresentada na quarta-feira por França, Reino Unido e Alemanha (o chamado grupo E3) e pelos Estados Unidos, na sede da agência da ONU.

A primeira reação à decisão veio do embaixador iraniano junto da AIEA, que adiantou que a resolução terá um "impacto negativo" na cooperação entre o Irão e a agência do sistema da ONU.

"A resolução não acrescenta nada à situação atual, não é útil e é contraproducente", sustentou Reza Najafi à AFP.

Os representantes de oito países, entre os quais o Irão, a China e a Rússia, tinham alertado que a aprovação de qualquer nova resolução "pode minar o impulso de cooperação e o ambiente político construtivo que caracterizaram as recentes interações entre o Irão e a agência", classificando-a como uma "ação provocadora".

A República Islâmica já tinha cortado contactos após a guerra de 12 dias com Israel, lançada por Telavive a 13 de junho, considerando que a AIEA teve responsabilidade no seu desencadeamento, um dia depois da aprovação de uma resolução crítica sobre o programa nuclear iraniano.

O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, voltou na quarta-feira a apelar ao Irão para autorizar inspeções aos locais atacados em junho por Israel e pelos Estados Unidos, que se envolveram posteriormente no conflito.

A aprovação da resolução, de acordo com a agência de notícias norte-americana Associated Press (AP), abre caminho a uma provável nova escalada das tensões entre a AIEA e o Irão, que, no passado, reagiu de forma contundente a iniciativas semelhantes do organismo. 

O Irão é legalmente obrigado a cooperar com a AIEA ao abrigo do Tratado de Não Proliferação Nuclear. No entanto, ainda não concedeu aos inspetores da agência acesso aos locais nucleares afetados pela guerra com Israel em junho.

A agência também não conseguiu verificar o estado do 'stock' de urânio enriquecido próximo de nível militar desde que Israel e os Estados Unidos atacaram instalações nucleares iranianas durante 12 dias em junho, segundo um relatório confidencial da AIEA consultado pela AP na semana passada.

Leia Também: Irão nega estar a enriquecer urânio: "Não há enriquecimento nuclear"

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2891617/irao-so-dara-acesso-a-instalacoes-bombardeadas-se-houver-acordo-com-aiea#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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