Grupo privado prevê investir 130 milhões em resort de luxo em Moçambique
- 21/11/2025
De acordo com o porta-voz do Governo, Inocêncio Impissa, para implementar em Vilanculos, naquela província, considerada a capital turística do país, o projeto Pérola de Moçambique, o grupo The Firm of Strategic Investments assinou este mês, com a Agência de Promoção de Investimentos e Exportações de Moçambique (APIEX), um memorando de entendimento para o efeito.
"Um resort turístico integrado que inclui uma marina, reserva ecológica de classe internacional, com investimento inicial de cerca de 150 milhões de dólares, localizado em Vilanculos, província de Inhambane, com a previsão de criação de 600 postos de trabalho direto para cidadãos nacionais", avançou hoje Impissa, no encontro semanal com os jornalistas.
O memorando de entendimento foi assinado precisamente em Inhambane, durante a conferência internacional de turismo, em 03 e 04 de novembro, com Impissa a sublinhar que no evento "foram anunciados investimentos para a província de Inhambane num total de 252 milhões de dólares (218,5 milhões de euros) de capitais próprios dos investidores", para serem investidos "num prazo de cinco anos".
"O que vai contribuir significativamente para o incremento da oferta turística de luxo, criação de postos de emprego diretos e indiretos e no investimento em conteúdo local", disse ainda o porta-voz do Governo.
O segundo projeto referenciado pela mesma fonte refere-se à iniciativa dos sul-africanos da Singita e que pretendem investir 102 milhões de dólares (87,7 milhões de euros) num projeto turístico de luxo, com 60 camas, na ilha de Santa Carolina, também em Inhambane.
"O grupo Singita é quem vai investir 102 milhões de dólares no desenvolvimento do projeto turístico na Ilha Santa Carolina, numa parceria público-privada com o Instituto Nacional do Turismo [Inatur], que detém a concessão para exploração e desenvolvimento turístico da ilha", disse anteriormente à Lusa o responsável daquele grupo sul-africano.
Segundo Richard Baulene, o Estado não irá desembolsar qualquer valor de investimento para a ilha, localizada na província de Inhambane, entrando na parceria apenas com a concessão para exploração do empreendimento por um período de 25 anos.
Na proposta de projeto do Singita (sítio de milagres, na língua nacional changana), a que a Lusa teve acesso, o grupo assinala que vai investir 60 milhões de dólares (51,6 milhões de euros) para desenvolver um empreendimento com capacidade de 60 camas naquela ilha, além de 42 milhões de dólares (36 milhões de euros) em projetos adicionais no Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto, que fica junto daquela área natural.
O investimento será "de capitais próprios" a concretizar em cinco anos, "contribuindo para o aumento da oferta turística de luxo naquela na província na ordem de 145 camas e criando 240 empregos diretos e 260 indiretos", lê-se também no documento.
O grupo apresenta uma proposta, descreve-se, "devidamente enquadrada para projetos de turismo ecológico e sustentável de alto rendimento", com um conceito que integra a região à volta e "valorização" de elementos naturais existentes e um plano para o desenvolvimento de programas de restauração de recifes de coral, mangais e estatuários.
O grupo prevê ainda criar um Centro de Investigação Marinha em Vilankulos, cidade da mesma província, permitindo financiar iniciativas comunitárias para a conservação, monitorização, investigação marinha, educação e sensibilização ambiental e desenvolver projetos de investimentos, "incrementando os postos de emprego locais e estimular o desenvolvimento de outras atividades turísticas e similares pelas comunidades locais".
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