Força Aérea Brasileira interceta avioneta proveniente da Venezuela
- 20/11/2025
O incidente ocorreu por volta das 07h00 locais (11h00 em Lisboa) de quarta-feira, quando a aeronave entrou no espaço aéreo brasileiro "sem plano de voo" e "sem ter estabelecido contacto com os órgãos de controlo do tráfego aéreo", indicou a FAB nas redes sociais.
As autoridades classificaram o aparelho como "suspeito de tráfico de drogas", conforme estabelecido na legislação brasileira.
Dois caças da FAB aproximaram-se da área para apurar a identidade da avioneta e vigiar os movimentos, tendo ordenado ao piloto que aterrasse num aeródromo próximo. Contudo, "perante a falta de colaboração", os caças dispararam sobre a aeronave.
O piloto acabou por aterrar numa pista de terra, numa zona no Estado de Roraima conhecida como Surucucu, e fugido de seguida.
Uma equipa de militares deslocou-se ao local para estabelecer um perímetro de segurança, realizar perícias e incendiar a avioneta, que utilizava uma matrícula falsa.
A terra Yanomami, situada entre os estados de Amazonas e Roraima, contém cerca de 30 mil pessoas indígenas e é uma das regiões mais afetadas pela mineração ilegal, que recorre com frequência a pistas aéreas clandestinas para transportar as pedras preciosas obtidas.
A mineração ilegal contamina rios devido ao uso de mercúrio, destrói a floresta amazónica e causou dezenas de mortes de indígenas Yanomami nos últimos anos, devido a desnutrição, pneumonia e diarreias.
O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, lançou uma operação para expulsar os exploradores ilegais da região, quando voltou ao poder, em janeiro de 2023.
Apesar da operação, que incluiu o encerramento temporário do espaço aéreo e a mobilização de militares para expulsar os invasores, a mineração ilegal continuou em alguns pontos da reserva indígena, ainda que de forma menos intensa.
Leia Também: "Não é criminoso". Há mais de 10 meses que Mayra não sabe do filho detido















