Fibrose quística: A doença rara contra a qual Constança Braddel lutou
- 21/11/2025
Esta sexta-feira, 21 de novembro, assinala-se o Dia Europeu da Fibrose Quística. Em Portugal estima-se que 400 pessoas lutem contra esta doença rara e genética.
Mas afinal, o que é a Fibrose Quística?
Segundo a Associação Nacional de Fibrose Quística (ANFQ), esta é uma "doença crónica, hereditária causada por alterações num determinado gene (o gene CFTR) que se transmite de pais para filhos".
O diagnóstico manifesta-se sobretudo nos pulmões e intestino, afetando a respiração e digestão dos alimentos. A doença poderá prejudicar igualmente as glândulas do suor e o aparelho geniturinário.
Quais são os sintomas da fibrose quística?
Conforme realça o website do grupo Lusíadas, a fibrose quística surge normalmente nos primeiros anos de vida e poderá ter diferentes graus de intensidade.
Eis os sintomas:
- Tosse persistente com muco espesso
- Sibilância e dispneia
- Infeções respiratórias frequentes, entre as quais pneumonias e bronquites
- Sinusite
- Polipose nasal
- Perturbações intestinais – obstruções frequentes e fezes gordurosas
- Perda de peso
- Pele e suor com sabor salgado
- Problemas de fertilidade
Quais os tratamentos da fibrose quística?
Segundo o website da CUF, os tratamentos que existem têm como objetivo controlar os sintomas. Nestes enquadra-se "o uso de antibióticos para as infeções respiratórias, uso de anti-inflamatórios, broncodilatadores e fluidificantes das secreções e suplementos nutricionais".
"Complementando a terapia medicamentosa, a reabilitação respiratória é fundamental para melhorar a qualidade de vida dos doentes e inclui diversas técnicas de facilitação da drenagem das secreções", pode ler-se ainda. Em alguns casos poderá ser necessário um transplante pulmonar.
Fibrose quística: O caso de Constança Braddel
Em 2021, Constança Braddel tornou-se um caso mediático depois de ter feito um apelo nas redes sociais que emocionou o país.
Com o lema "não quero morrer, quero viver", a jovem - que acabou por morrer aos 24 anos -, lutou para que o Serviço Nacional de Saúde comparticipasse o Kaftrio, uma fármaco considerado mais eficaz na melhoria do prognóstico da doença. O valor do medicamento, caso não fosse comparticipado, seria de 270 mil euros por ano.
Apesar de ter conseguido o acesso ao fármaco em março, Constança viria a morrer a 11 de julho, depois de um período internada nos cuidados intensivos do Hospital de Santa Maria.
Contudo, a luta de Constança Braddel deixou um legado.
Este ano, o Infarmed alargou a crianças entre os dois e os cinco anos o uso do medicamento Kaftrio. E julho de 2023, a mesma entidade já tinha aprovado o financiamento público do fármaco para crianças entre os seis e os 11 anos.
















