Ferreira Leite apoia Moedas e recusa impacto eleitoral da tragédia do elevador da Glória

  • 07/10/2025

"O meu apoio ao doutor engenheiro Carlos Moedas não tem a ver com ele ir ganhar ou não ir ganhar, tem a ver com a cidade de Lisboa, com a nossa vida do dia-a-dia, e aquilo que interessa mais ou que melhor poderá desenvolver esse projeto", afirmou Manuela Ferreira Leite, em declarações aos jornalistas, numa ação de campanha eleitoral com o recandidato à presidência da Câmara Municipal pela coligação PSD/CDS-PP/IL.

 

Ao lado de Carlos Moedas, depois de percorrer algumas ruas de Telheiras, na freguesia do Lumiar, a antiga presidente do PSD destacou a "enorme coragem" do autarca em ter avançado com a obra do plano geral de drenagem.

Questionada se a cidade está melhor, respondeu que "pelo menos debaixo do solo está de certeza, especialmente para o futuro de Lisboa".

"Nesse aspeto, não tenho dúvidas de que pode um jardim estar estragado, pode as pedras da calçada não estarem muito bem, pode o lixo andar algumas vezes pouco condicionado, porque depende de muitas coisas, mas uma coisa eu estou segura é que, se houver alguma catástrofe em Lisboa, Lisboa está segura", salientou.

Sobre se, à superfície, a tragédia do elevador da Glória, que ocorreu em 3 de setembro e provocou 16 mortes, terá impacto nas eleições autárquicas de domingo, Manuela Ferreira Leite considerou que "é uma coisa de tal forma bárbara pensar numa coisa dessas, que tenha alguma relação um desastre que acontece com a ação pessoal de alguém que está à frente de uma cidade".

"Acho, realmente, uma ideia de tal forma estranha que não consigo sequer perceber como é que há uma associação de ideias dessa matéria", disse.

Em 2021, quando Carlos Moedas se candidatou, pela primeira vez, à presidência da Câmara de Lisboa e venceu, sem maioria absoluta, a antiga presidente do PSD também participou na sua campanha eleitoral.

Depois de quatro anos de governação do autarca social-democrata, Manuela Ferreira Leita realçou o investimento na drenagem da cidade, referindo que "há 20 anos o engenheiro Carmona Rodrigues lançou esse projeto e durante 20 anos ninguém, nenhum presidente, teve coragem de avançar com ele".

"Porquê? Porque é uma coisa extremamente onerosa e, evidentemente, é preciso dinheiro. Há um montante muitíssimo elevado que está a ser feito em obra não vista", sublinhou, indicando que Carlos Moedas sabia que era uma empreitada debaixo da terra e que teria uma duração superior a um mandato, portanto "nem poderia acabar o mandato e mostrar a obra", e mesmo assim avançou.

"É um sinal de uma coragem cívica posta ao serviço da cidade, que nenhum outro presidente há 20 anos conseguiu fazer", sublinhou.

A antiga dirigente dos sociais-democratas reforçou ainda a importância deste projeto para proteger a cidade de Lisboa das alterações climáticas, lembrando o desastre das cheias na região de Valência, em Espanha, em outubro de 2024.

"Não deixo de recordar que Lisboa tem condições muito piores do que Valência, portanto estávamos num perigo iminente de nos acontecer uma catástrofe", frisou, reforçando que Carlos Moedas já tem o projeto de drenagem da cidade "em curso".

Manuela Ferreira Leite disse ainda que o dinheiro investido no plano de drenagem "poderia ir para jardins e para flores", mas Carlos Moedas decidiu fazer "alguma coisa debaixo da terra para salvar Lisboa".

"Acho que tem sido muito pouco sublinhado na campanha, tão pouco sublinhado que a maioria das pessoas não sabe o que isso é. E, no entanto, é a obra estrutural para salvar Lisboa de qualquer tempestade, grandes inundações que pudesse haver em Lisboa", declarou.

Sobre se partilha da ideia de Carlos Moedas de que a escolha é entre a sua candidatura e da de Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), a social-democrata respondeu: "Acho uma opção de tal forma bizarra que não vejo muito bem que seja possível de escolha".

"Se o eleitorado estiver bem esclarecido, saberá aquilo que foi feito e aquilo que está a ser feito e que não se vê", acrescentou.

No âmbito da campanha eleitoral para as eleições autárquicas de domingo, esta ação em Lisboa foi a primeira em que Manuela Ferreira Leita esteve presente.

Na semana passada, estava prevista a sua presença num jantar de apoio à candidata do PSD na Amadora, mas a antiga líder social-democrata não compareceu "por razões pessoais".

Além de Carlos Moedas(PSD/CDS-PP/IL), concorrem à Câmara de Lisboa nas próximas eleições autárquicas Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Bruno Mascarenhas (Chega), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN), Tomaz Ponce Dentinho (PPM/PTP) e Luís Mendes (RIR).

Leia Também: Moedas diz que Alexandra Leitão utiliza tragédia como "tábua de salvação"

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/politica/2865880/ferreira-leite-apoia-moedas-e-recusa-impacto-eleitoral-da-tragedia-do-elevador-da-gloria#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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