EUA admitem "termos generosos" à Rússia (mas ameaçam com mais sanções)

  • 20/11/2025

Numa reunião do Conselho de Segurança da ONU, o representante norte-americano nas Nações Unidas, Mike Waltz, considerou imperativo acabar com a guerra e iniciar o processo de reconstrução, frisando que a diplomacia é o único caminho para uma paz duradoura e justa.

 

Sem mencionar o controverso plano de paz recentemente proposto pelos Estados Unidos, Waltz afirmou que, desde que Donald Trump chegou à Presidência norte-americana, Washington propôs "termos generosos à Rússia, incluindo o alívio das sanções", mas os combates continuaram.

"Colegas, a verdade é que o custo para todos os lados tem sido devastador. E já passou da hora de esta guerra terminar. Espero que todos concordemos que esta guerra não terminará militarmente. Os líderes da Rússia e da Ucrânia precisam negociar. Ambos os países precisam aceitar um cessar-fogo", instou o diplomata.

Recordando as sanções adicionais que aplicaram em 22 de outubro às duas maiores companhias petrolíferas russas, Waltz garantiu que os norte-americanos poderão "impor custos económicos adicionais se a Rússia continuar a ignorar os apelos a um cessar-fogo".

 "Continuaremos também a disponibilizar armas para a defesa da Ucrânia. (...) Sob a liderança do Presidente Trump, os Estados Unidos continuarão a procurar um caminho para a paz na Ucrânia. Pedimos a todos os Estados-membros da ONU que se unam a nós no apoio a esses esforços, no apelo por um cessar-fogo e no fim desta guerra", concluiu.

Na mesma reunião, o embaixador russo, Vasily Nebenzya, começou por focar-se no escândalo de corrupção que tem abalado Kyiv, para depois garantir que a situação na linha de frente de combates "permanece grave, senão catastrófica" para o lado ucraniano, avaliando que as tropas russas avançam "com sucesso em praticamente todas as frentes".

Opondo-se aos apelos de cessar-fogo feitos pelos diplomatas de diferentes geografias, Nebenzya considerou que uma trégua imediata apenas serviria o propósito de dar a Kyiv "um respiro há muito esperado".

Já o representante britânico, James Kariuki, afirmou que Moscovo está a dar sinais claros de "desespero", num momento em que as suas perdas "são insustentáveis", com "mais de um milhão de soldados mortos ou feridos". 

"Todos nesta câmara devem fazer tudo ao seu alcance para pressionar a Rússia a concordar com um cessar-fogo", insistiu Kariuki.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou hoje que o plano de paz proposto pelos Estados Unidos é bom "tanto para a Rússia, como para a Ucrânia", em resposta às informações de que o plano satisfaria Moscovo em vários pontos importantes.

A presidência ucraniana confirmou hoje ter recebido o que classificou como um "plano preliminar" dos Estados Unidos para pôr fim à guerra com a Rússia, depois de na quarta-feira ter sido noticiado por vários órgãos de informação internacionais, incluindo o portal norte-americano Axios, uma proposta de 28 pontos de Washington, que implica a cedência do território ucraniano ocupado pela Rússia e a redução das forças armadas da Ucrânia para 400 mil efetivos.

"O Governo está a falar tanto para um lado como para o outro", insistiu a porta-voz.

Leavitt afirmou que o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, e o chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, "trabalham em silêncio há um mês" neste projeto, para "compreender o que estes países estariam dispostos a fazer para alcançar uma paz duradoura".

A Presidência ucraniana disse hoje que o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, planeia discutir "as possibilidades diplomáticas disponíveis e os principais pontos necessários para a paz" com Donald Trump "nos próximos dias".

O plano inclui o reconhecimento das conquistas da Rússia na Ucrânia, onde ocupa cerca de 20% do território e prevê também a redução do exército ucraniano para metade e o abandono das armas de longo alcance, segundo a agência de notícias France-Presse.

Leia Também: Kyiv afirma manter controlo de Kupiansk e acusa Rússia de "desinformação"

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2891930/eua-admitem-termos-generosos-a-russia-mas-ameacam-com-mais-sancoes#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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