Estados Unidos "não vão participar nas discussões oficiais" do G20

  • 20/11/2025

Isto, depois de Pretória ter indicado também hoje, mas mais cedo, que Washington queria participar na cimeira.

 

"Os Estados Unidos não vão participar nas discussões oficiais do G20 na África do Sul", declarou a porta-voz do executivo americano, Karoline Leavitt, durante uma conferência de imprensa.

O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, disse mais cedo ter "recebido uma notificação dos Estados Unidos sobre uma mudança de opinião quanto à sua participação na cimeira, de uma forma ou de outra".

"Recebemos uma notificação dos Estados Unidos, sobre a qual continuamos em discussão com eles, relativa a uma mudança de posição quanto à sua participação na cimeira, de uma ou de outra forma", afirmou o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, aos jornalistas em Joanesburgo, adiantando desconhecer quem representará Washington na cimeira.

[A comunicação norte-americana] chega numa fase tardia antes do início da cimeira. Portanto, temos de aprofundar esta discussão para ver até que ponto é exequível e o que significa realmente", acrescentou, na altura Ramaphosa.

O chefe de Estado sul-africano, contudo, afirmou que a África do Sul considerara aquele desenvolvimento "um sinal positivo".

"Todos os países estão aqui e os Estados Unidos, a maior economia do mundo, devem estar presentes", afirmou.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que isso não era verdade e teve palavras duras para Ramaphosa em resposta

A Casa Branca acusa o líder da África do Sul de "falar demais" sobre o boicote dos Estados Unidos à cimeira do Grupo dos 20, num novo atrito diplomático entre os EUA e um país que tem sido particularmente alvo de críticas do presidente Donald Trump.

"Vi o presidente sul-africano falar um pouco contra os Estados Unidos e o presidente dos Estados Unidos mais cedo hoje, e essa linguagem não é apreciada pelo presidente nem pela sua equipa", disse Leavitt na Casa Branca.

Karoline Leavitt afirmou que os EUA estavam a enviar um responsável diplomático para a cimeira apenas para reconhecer que o país assumirá a presidência rotativa do bloco e organizará a cimeira do G20 do próximo ano.

Um representante da Embaixada dos EUA na África do Sul assistirá à cerimónia formal de passagem de poderes no final da cimeira de dois dias que começa no sábado, mas Washington não participará em nenhuma das negociações, afirmou um responsável da Casa Branca, não autorizado a falar publicamente, pelo que pediu o anonimato.

Trump anunciou este mês que nenhum responsável do governo dos EUA participaria na reunião de líderes mundiais de países ricos e em desenvolvimento na maior cidade da África do Sul.

Trump citou as suas alegações de que a África do Sul está a perseguir violentamente os agricultores da minoria branca "Afrikaners" do país como razão para o boicote dos EUA. Essas declarações de Trump foram amplamente rejeitadas.

A cerimónia formal de passagem de poderes é tradicional no final de cada cimeira do G20 e Ramaphosa já tinha expressado desapontamento pelo facto de o boicote dos EUA significar que entregaria a "cadeira vazia" no final do encontro.

Trump multiplicou críticas ao Governo sul-africano desde o seu regresso à Casa Branca, classificando a presidência sul-africana do G20 como uma "vergonha" e defendendo que o país não deveria integrar o grupo.

   A cimeira terá como temas principais o alívio da dívida dos países de baixo rendimento e o combate à desigualdade económica, bem como o reforço da resiliência a catástrofes, o financiamento de uma transição energética justa e a exploração de minerais críticos para o crescimento inclusivo e o desenvolvimento sustentável.

Estas são as prioridades estabelecidas pela África do Sul, que organiza pela primeira vez uma cimeira do grupo no continente africano, em que se pretende também avançar na criação de um Painel Internacional sobre a Desigualdade, parecido ao Painel Internacional Para as Alterações Climáticas [IPCC], que é a principal recomendação de um relatório liderado pelo Prémio Nobel da Economia, Joseph Stiglitz.

Criado em 1999, o G20 integra 19 países - Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos -, além de dois organismos regionais - União Europeia e a União Africana.

Leia Também: Ucrânia? Casa Branca admite plano de paz "aceitável para ambas as partes"

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2891925/estados-unidos-nao-vao-participar-nas-discussoes-oficiais-do-g20#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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