Detidos por falsos anúncios de arrendamentos de casas de férias no Gerês
- 20/11/2025
Em comunicado, a PJ refere que os falsos anúncios se referiam a venda de maquinaria pesada.
"Procuravam obter vantagem a partir da anonimização e da ocultação de identidade proporcionadas pelos meios digitais. Através destes esquemas, terão obtido ilicitamente vários milhares de euros", acrescenta.
Designada de Double Click, a operação policial, a cargo da PJ de Braga, decorreu nas localidades de Santiago do Cacém, Bombarral e Columbeira, no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público de Vieira do Minho.
As detenções ocorreram na quarta-feira, fora de flagrante delito.
"A investigação permitiu apurar que ambos os detidos são reincidentes, encontrando-se associados a diversos processos-crime pendentes por factos de natureza semelhante, tendo, inclusive, já sido condenados a penas de prisão efetiva pela prática da mesma categoria de ilícitos", refere o comunicado.
Sublinha que, apesar de tais condenações, os suspeitos "persistiram no desenvolvimento da sua atividade criminosa, recorrendo a novos expedientes tecnológicos e a uma crescente sofisticação dos métodos utilizados".
Segundo a PJ, da análise ao respetivo 'modus operandi' e 'modus vivendi', "verificou-se uma postura reiteradamente evasiva, marcada pela não comparência a diligências processuais e pela ocultação sistemática do seu paradeiro, evidenciando um claro desrespeito pela administração da justiça e um absoluto sentimento de impunidade".
No âmbito da investigação, iniciada há cerca de um ano, foram realizadas três buscas domiciliárias e quatro buscas não domiciliárias, em diferentes pontos do país, tendo sido apreendidos materiais, documentos e equipamentos informáticos utilizados na prática dos crimes.
Foi ainda recuperada, na posse de um dos suspeitos, uma viatura automóvel que se encontrava sinalizada para apreensão no âmbito de um outro inquérito, por não ter sido devolvida no prazo contratual de aluguer, estando o possuidor igualmente indiciado pelo crime de abuso de confiança.
Os detidos, com idades entre 43 e 52 anos, viviam como um casal e não exerciam qualquer atividade profissional conhecida, "subsistindo através da prática reiterada de burlas desde, pelo menos, 2023".
Vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.
Entretanto, a investigação da PJ vai prosseguir, com vista ao completo esclarecimento dos factos e à identificação de todas as vítimas.
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