Corina será considerada "fugitiva" se deixar Venezuela para receber Nobel
- 21/11/2025
Machado, que afirma estar na clandestinidade na Venezuela, declarou a intenção de se deslocar a Oslo, na Noruega, para receber o Prémio Nobel, no próximo dia 10 de dezembro.
"Por estar fora da Venezuela e ser alvo de várias investigações criminais, ela será considerada fugitiva", afirmou o procurador-geral Tarek William Saab, precisando que Machado é acusada pela justiça venezuelana de "atos de conspiração, incitação ao ódio e terrorismo".
Saab indicou ainda que "mais de 100 mercenários", de "mais de 30 nacionalidades" e "ligados à CIA" estão a ser processados pelo Ministério Público venezuelano.
Caracas anunciou no final de outubro o desmantelamento de uma "célula criminosa" ligada aos serviços de inteligência norte-americanos, que teria tentado atacar o navio americano USS Gravely atracado em Trinidad e Tobago com o objetivo de incriminar a Venezuela, segundo o ministro das Relações Exteriores, Yvan Gil.
Washington mobilizou uma frota, que inclui o maior porta-aviões do mundo, para o Mar das Caraíbas e para o Pacífico, oficialmente para combater o tráfico de drogas, uma manobra que Nicolás Maduro considera uma operação destinada a "impor uma mudança de regime" em Caracas.
Donald Trump declarou na segunda-feira que irá falar "em algum momento" com o homólogo venezuelano, que se mostrou disposto a conversar "cara a cara" com o Presidente norte-americano.
Maria Corina Machado, 58 anos, líder da oposição venezuelana, afirma que Nicolás Maduro roubou as eleições de julho de 2024, que lhe garantiram um terceiro mandato de seis anos.
Os Estados Unidos e grande parte da comunidade internacional não reconheceram esse resultado.
Numa entrevista por videoconferência com a AFP em meados de outubro, Machado disse estar convencida de que Maduro "deixará o poder com ou sem negociação".
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