COP30: Negociações entram no último dia após instalações terem fechado
- 21/11/2025
O fogo deflagrou pelas 14:00 na área dos pavilhões da chamada 'Zona Azul' administrada pela ONU e onde decorrem as negociações e estão representados os países que participam na 30.ª conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP30).
Toda a zona foi evacuada e 21 pessoas tiveram de ser assistidas, 19 das quais por inalação de fumo e outras duas por crises ansiedade relacionada com a situação.
Hoje, último dia oficial da COP30, os países voltarão a sentar-se à mesa para tentar chegar a um consenso em temas que continuam controversos, nomeadamente o objetivo de abandonar progressivamente os combustíveis fósseis.
A necessidade de uma transição para o abandono dos combustíveis fósseis foi mencionada oficialmente pela primeira vez há dois anos na COP28, no Dubai, mas não ficou claro como nem quando.
Perante esta lacuna, o Presidente brasileiro, Lula da Silva, lançou na abertura da COP30 a ideia de um roteiro e um primeiro rascunho de texto apresentado na terça-feira pelo Brasil apresentava como uma das opções a serem negociadas a criação de uma "mesa redonda ministerial" para apoiar os países no desenvolvimento desses roteiros destinados a "superar gradualmente a dependência dos combustíveis fósseis".
O presidente da COP30, o diplomata André Correa do Lago, está sob pressão de cerca de 200 países reunidos em Belém desde a semana passada para elaborar um texto capaz de alcançar um consenso, de acordo com as regras da COP.
O último rascunho do texto, no entanto, não faz menção às energias fósseis.
Mais de 30 países escreveram na quinta-feira à presidência brasileira da conferência climática da ONU (COP30) a pedir que reveja a proposta de acordo final e inclua um roteiro para a eliminação gradual das energias fósseis.
"Estamos profundamente preocupados com a proposta atual, a aceitar ou a rejeitar", escrevem a Colômbia, França, Reino Unido, Alemanha, entre mais de três dezenas de países, de acordo com uma lista fornecida pela delegação colombiana à AFP.
A França e a Bélgica confirmaram a assinatura.
Um grupo de cientistas classificou como provocatórias as propostas apresentadas até agora na conferência do clima de Belém de roteiros para a eliminação dos combustíveis fósseis e para o fim da desflorestação.
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