Como Cristiano Ronaldo pode superar Messi com a ajuda de... Donald Trump
- 21/11/2025
Cristiano Ronaldo é, neste momento, um dos nomes mais badalados do futebol mundial, depois de, na passada sexta-feira, ter integrado a comitiva liderada pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman, que foi recebida pelo presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, em plena Casa Branca.
Elogiado por uns, mas criticado por outros, a verdade é que o internacional português (que alinha no Médio Oriente, ao serviço do Al Nassr) pode mesmo ver a sua fortuna aumentar... ainda mais, graças a esta viagem. Quem o diz é Rob Wilson, professor da University Campus of Football Business, em declarações prestadas ao portal Vegas Insider, citadas pelo jornal britânico Mirror.
"Ronaldo já funciona como um ativo global de mil milhões de dólares [866,5 milhões de euros], mas aquele momento na Casa Branca vai acrescentar relevância política e alguma altamente importante visibilidade, nos EUA, que são poderosos sinais enquanto marca. Quando Donald Trump retrata Ronaldo como sendo um dos favoritos do filho, humaniza a sua imagem e aumenta o atrativo ao nível dos patrocinadores", começou por afirmar.
"O impacto mediático resultante de uma exposição destas iria, provavelmente, situar-se na ordem dos oito dígitos, com um pequeno aumento ao preço dos apoios, num portfólio que, já por si, produz bem mais de 60 milhões de dólares [52 milhões de euros] por ano. Podemos esperar que CR7 venha a pressionar no sentido dos 100 milhões de dólares [86,6 milhões de euros] em apoios, nos EUA, como resultado do convite e da presença no banquete", acrescentou.
A comparação com Lionel Messi e David Beckham
Rob Wilson passou, de seguida, a estabelecer um paralelismo entre os resultados desta operação e aqueles de que beneficiaram Lionel Messi e David Beckham, enquanto jogador e co-proprietário do Inter Miami, respetivamente: "A aposta de Messi na presença de fóruns de negócios de alto nível, como no America Business Forum, ao lado de Donald Trump, ajuda a reformulá-lo de atleta de elite para embaixador económico nacional".
"A marca de Messi já está a aproximar-se dos mil milhões de dólares [866,5 milhões de euros] em valor, com um impacto demonstrativamente comercial, como já ficou à vista pelo facto de as receitas do Inter Miami terem duplicado, assim como a própria avaliação, que superou os mil milhões de dólares. A presença dele transmite fiabilidade aos investidores e aos governos", refletiu.
"Isto posiciona-o ao nível das participações acionárias, das parcerias a longo prazo e a iniciativas de nível soberano, ao invés de patrocínios convencionais. Beckham ainda representa o padrão no que diz respeito a tornar a fama num império de estilo de vida, apoiado por um negócio de direitos de imagem de 500 milhões de dólares [433,1 milhões de euros] e uma participação num clube de mil milhões de dólares", prosseguiu.
"Ainda assim, agora, Messi e Ronaldo assentam em plataformas globais maiores, com maiores ecossistemas de adeptos e um maior poderio de receitas. Cada um tem a dimensão para tornar-se numa marca institucional a longo prazo. Ronaldo, enquanto aptidão física de luxo, ao passo que Messi, apoiado por uma plataforma no Golgo, pode agir como ponte de 'soft power' entre as Américas e a economia global do futebol", rematou.
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