Chega quer acabar com "mandato da corrupção" de Isaltino Morais
- 06/10/2025
"Queremos acabar com o mandato do Isaltino e com o mandato da corrupção, que é o que precisamos", declarou o líder do Chega durante uma ação de campanha em Oeiras, na qual esteve acompanhado pelo candidato do partido à autarquia, Pedro Frazão.
Escusando-se a quantificar os objetivos autárquicos neste concelho, André Ventura lembrou que o Chega tem "crescido muito no país todo" e que, por isso, também quer ter "um grande resultado" em Oeiras, no distrito de Lisboa.
"Se pudermos ser essa marca da luta contra a corrupção, queremos ser. As pessoas não podem pensar que 'rouba, mas faz'. Isso não é um bom sinal para a democracia", disse, antes de ser interrompido por um aparte de Frazão
"Eu faço e não roubo", pontuou o candidato, antes de o líder do seu partido defender que "o lugar do ladrão é na prisão".
Ventura e Frazão aludiam ao facto de o atual presidente da Câmara de Oeiras ter sido condenado em 2013 a dois anos de prisão por fraude fiscal e branqueamento de capitais.
Instado a explicar o motivo pelo qual os eleitores de Oeiras votam em Isaltino Morais, o líder do Chega considerou que "às vezes" é necessário "lutar até acabar com a corrupção e até vencer a corrupção".
"É uma luta que os partidos como o nosso têm de travar e não é só em Oeiras", acrescentou.
Para Ventura, é tempo de começar "a dizer aos políticos que podem fazer e não roubar".
Sobre a troca de acusações que protagonizou com o presidente da Câmara de Oeiras nas redes sociais há duas semanas, o presidente do Chega disse que só falará com Isaltino Morais "um dia em que ele vá para a prisão novamente".
Ao despedir-se dos apoiantes que o acompanhavam na arruada na freguesia de Algés, no sétimo dia de campanha para as autárquicas, André Ventura reiterou querer "libertar e limpar Oeiras", assumindo sentir que o partido e Pedro Frazão vão conseguir mudar "um concelho que é difícil e que tem os vícios que tem".
"Esta limpeza mostra que onde é difícil, nós ainda ganhamos mais força para os limpar", completou.
O dirigente escusou-se, no entanto, a apontar objetivos concretos também a nível nacional, antecipando apenas "uma grande vitória nacional" do Chega nas eleições autárquicas de domingo.
"Vamos conseguir mostrar que é possível fazer política nas autarquias sem corrupção, sem amiguismos", concluiu.
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