Capital de risco faz crescer o PIB e os salários em Portugal. Quanto?

  • 06/10/2025

O estudo "Capital de Risco e o SIFIDE em Portugal -- Avaliação do Impacto Económico", realizado pela Investors Portugal (Associação Portuguesa dos Investidores em Early Stage), em parceria com a Nova SBE, hoje divulgado, indica também que, a cada dez anos, o investimento sobre 0,16%, os salários reais valorizam-se 0,73% e os pedidos de patentes aumentam 22,87%.

 

Segundo a análise, as empresas apoiadas por fundos de capital de risco crescem mais rapidamente, contratam mais trabalhadores, pagam melhores salários e são mais produtivas.

A nível macroeconómico, este tipo de financiamento traduz-se em crescimento do PIB, maior capacidade exportadora e reforço da inovação nacional.

Além disso, o estudo estima que os montantes investidos através de fundos SIFIDE têm um impacto duradouro e com elevado retorno, uma vez que estes fundos investem grandes volumes do capital em empresas com uma componente forte de Investigação e Desenvolvimento (I&D).

Logo ao fim do terceiro ano, as empresas que recebem capital de risco aumentam o número de postos de trabalho em cerca de 50 a 60% e mais do que duplicam os custos salariais, assim como o volume de negócios.

Do lado das empresas que investem, o nível salarial também cresce, o emprego aumenta em 40 a 50% e as receitas e os lucros sobem.

Para os autores do estudo, João Duarte e Pedro Brinca, docentes da Nova SBE, estes resultados confirmam que os fluxos de capital apoiados pelo SIFIDE beneficiam não apenas as empresas destinatárias dos fundos mas também os próprios veículos de investimento, reforçando a sua sustentabilidade a longo prazo.

O relatório analisa ainda a relação custo-benefício dos incentivos fiscais, sublinhando que o custo inicial para o Estado português é temporário, mas que os efeitos sobre as empresas são duradouros.

O impacto no emprego, na receita fiscal e no crescimento económico supera largamente os incentivos atribuídos.

No ano em que o benefício é concedido, as receitas adicionais de IVA, IRS e IRC e as contribuições para a Segurança Social tornam o saldo positivo, o que leva os autores a concluírem que "o programa paga-se em dois anos e gera ganhos fiscais duradouros para o Estado."

Por isso, os autores consideram que estender benefícios semelhantes a todos os fundos de capital de risco e garantir a previsibilidade dos mecanismos de incentivo "é crucial para ampliar o impacto no ecossistema empreendedor português".

Com base nestas conclusões, a Investors Portugal reforça o apelo para que os decisores políticos consolidem e ampliem os instrumentos fiscais que suportam o capital de risco, de forma a garantir que o país se posicione como um pólo de inovação da Europa.

O estudo da Investors Portugal, feito em parceria com a Nova SBE, analisa quase duas décadas de dados estatísticos, entre 2006 e 2024, para avaliar o impacto económico dos fundos de capital de risco e dos Fundos SIFIDE.

Criado em 1997, o SIFIDE (Sistema de Incentivos Fiscais à I&D Empresarial) é um sistema de incentivos fiscais que permite que as empresas deduzam no IRC uma parcela dos seus gastos com I&D.

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FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/economia/2865525/capital-de-risco-faz-crescer-o-pib-e-os-salarios-em-portugal-quanto#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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