"Bissau precisa de investimentos chineses e é importante quadro jurídico"

  • 20/11/2025

"A Guiné-Bissau precisa de investimentos chineses e tem registado investimentos com grande expressão, mas é importante que haja quadro jurídico que acompanhe essa necessidade que se faz sentir na Guiné-Bissau relativamente a capitais das empresas chinesas", referiu Januário Pedro Correia aos jornalistas, à margem do congresso da Federação de Advogados de Língua Portuguesa (FALP), que arrancou na quarta-feira e termina na sexta-feira.

 

O responsável notou, por exemplo, que empresas chinesas que querem investir no setor da pesca deslocam-se à Guiné-Bissau "apenas para conseguir licenciamento de atividade", instalando-se depois noutros países da região, como o Senegal.

"Por que não se instalam [na Guiné-Bissau]? Se eles têm licença, estamos a falar de dezenas de navios chineses que têm atividade licenciada pelo nosso Ministério das Pescas, mas vão instalar-se no Senegal, que faz parte de uma outra organização, o UEMOA [União Económica e Monetária do Oeste Africano]. Porque, naturalmente, o Senegal oferece o melhor quadro jurídico de proteção dos seus investimentos", concretizou.

Uma situação que acaba por ser vantajosa para o Senegal, seja ao nível de maior oferta de emprego, como de abastecimento do próprio mercado senegalês "em detrimento" do guineense, constatou.

Januário Pedro Correia admitiu "haver desleixo a nível político", além de um quadro jurídico "um bocado nebuloso do ponto de vista para aferir o que é que se deve melhorar", disse.

Neste sentido, defendeu a ideia de aproximar "cada vez mais" as "zonas jurídicas" dos países de língua portuguesa, para assegurar "um quadro jurídico sólido, que garanta, incentive e estimule o investimento chinês".

"Através, naturalmente, da porta de entrada a nível da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] que é Macau. Nós temos condições para isso, visto que já temos muito que nos una, nomeadamente a questão da cultura, a língua portuguesa e também o quadro jurídico estruturante do nosso sistema jurídico, nesse caso de Macau e de outros países de expressão portuguesa", reforçou.

Aos jornalistas, o bastonário da OAGB defendeu ainda a livre circulação dos profissionais da área da advocacia no universo lusófono, incluindo em Macau.

E o responsável voltou outra vez à UEMOA, "muito mais ativa nesse tipo de estruturação".

"Aprovaram até o regulamento que obriga as ordens a aceitar um advogado senegalês a poder circular na zona. Isso facilita o quê? Para uma empresa que vai investir numa realidade diferente é mais seguro levar com ela os seus assessores jurídicos, as empresas que dão todo o apoio a esse investimento", explicou.

Leia Também: Órgãos que garantem atos eleitorais sob contestação da oposição guineense

FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2891405/bissau-precisa-de-investimentos-chineses-e-e-importante-quadro-juridico#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Top 5

top1
1. sonhos

voz da verdade

top2
2. lugares altos

renascer praiser

top3
3. soldado ferido

junior

top4
4. com muito louvor

cassiane

top5
5. fiel toda vida

rose nascimento

Anunciantes