Autarquias prestam apoio a lesados do incêndio em Mira Sintra
- 21/11/2025
Em declarações à Lusa, Helena Cardoso explicou que esteve "com a senhora que perdeu o marido" no incêndio num prédio de nove andares em Mira Sintra, que "ainda estava em choque", mas para já "tem apoio familiar", dos filhos, e por isso "não precisa" de realojamento.
"Estamos em permanente contacto com o condomínio para o caso de ser preciso alguma coisa da parte da junta de freguesia. Obviamente, estaremos sempre disponíveis, assim como alguma articulação com a PSP e a câmara, para trabalhar em conjunto", acrescentou a presidente da União de Freguesias de Agualva-Mira Sintra.
As chamas deflagraram no oitavo andar de um prédio de habitação naquela zona do concelho de Sintra, no distrito de Lisboa, e fez também 12 feridos, por inalação de fumo, sete dos quais assistidos no local e cinco transportados ao Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), incluindo dois agentes da PSP.
A autarca socialista da freguesia acompanhou a situação com o presidente da câmara, Marco Almeida (PSD), que garantiu apoio à família da vítima mortal, através dos serviços de ação social, em caso de necessidade.
"A informação que tenho é que todos tiveram alta, estão livres de perigo e já regressaram às suas funções e às suas casas", precisou o autarca, acrescentando que o condomínio do prédio tem "todo o apoio da câmara para resolver as situações", como limpezas, e que "ninguém ficou desalojado".
Fonte oficial da autarquia referiu que a vítima mortal tinha 76 anos, e que Marco Almeida falou com "moradores e administradores do condomínio a garantir o apoio necessário".
O comandante dos voluntários de Agualva-Cacém, João Raminhos, explicou que à chegada ao local os bombeiros fizeram o "combate direto ao incêndio, que estava a desenvolver-se com grande intensidade no oitavo piso", onde tiveram a indicação de estar "uma pessoa confinada dentro da habitação".
O comandante João Raminhos avançou que o incêndio, cuja origem ainda é desconhecida, começou no quarto da fração habitacional, tendo o alerta sido dado às 03:57.
As chamas ficaram confinadas ao oitavo andar, mas pelo menos uma janela do piso de cima também sofreu danos.
A moradora do nono andar "foi uma das senhoras que foi ao hospital, porque inalou imenso fumo, mas as pessoas já estão todas em casa", salientou Helena Cardoso.
"A junta de freguesia está a acompanhar a situação do prédio a nível de apoio que possamos dar após também a peritagem do seguro", assegurou a autarca, acrescentando que já manifestou disponibilidade para "colaborar com as pessoas" na limpeza e remoção do mobiliário danificado.
Os serviços municipais e a junta de freguesia estão a acompanhar os moradores, incluindo na reparação de portas arrombadas para alertar os residentes do incêndio.
No local estiveram 32 operacionais dos bombeiros do Cacém, Queluz e Algueirão, com o apoio de 13 viaturas, e elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), do Serviço Municipal de Proteção Civil e da PSP, além da Polícia Judiciária.
Leia Também: Fogo em Sintra. "Não tivemos mais vítimas devido aos bombeiros e PSP"
