A história desconhecida da chegada de Madjer ao FC Porto: "Tours? Nunca"

  • 21/11/2025

Completaram-se, no passado verão, 40 anos da chegada de Rabah Madjer ao FC Porto, proveniente do Matra Racing Paris. No entanto, ainda muito está para se saber, como ficou à vista, esta quinta-feira, pelas palavras de Lucídio Ribeiro, o agente responsável por orquestrar esta histórica transferência.

 

Em declarações prestadas ao portal ShootAfrica TV, à margem do evento de lançamento do livro "Il Était Une Fois la CAN - 70 ans d'Histoire" ("Era Uma Vez a CAN - 70 Anos de História", em português"), o empresário português 'levantou o véu sobre a curiosa maneira como o então promissor avançado argelino acabou por aterrar no Estádio das Antas.

"Eu estava em Varna, na Bulgária, para assistir a um seminário de árbitros. Michel Vautrot, o famoso árbitro francês, tinha na mala uma cópia da revista France Football. Ao folheá-la, eu li que o Matra Racing Paris queria emprestar o Madjer ao Tours. Eu disse para mim mesmo 'Ah, o Rabah no Tours, nunca!'", começou por afirmar.

"Disse-lhes 'Eu arranjo qualquer coisa para o Madjer'. Depois, liguei ao Artur Jorge, que era o treinador do FC Porto, naquela altura, e propus-lhe fazer-lhes chegar o Madjer. Ele disse imediatamente que sim", completou o intermediário, que, naquele período, trabalhava, sobretudo, no mercado francófono.

De Hussein Dey ao calcanhar de Viena, o percurso de Rabah Madjer

Natural de Argel, no norte da Argélia, Mustapha Rabah Madjer deu os primeiros passos no mundo do futebol ao serviço do Mustapha Rabah Madjer, tendo acabado por dar o 'salto' para a Europa no verão de 1983, pela 'porta' do Matra Racing Paris, quando tinha 25 anos de idade, onde acabou por dar nas vistas.

A transferência para o FC Porto deu-se apenas três anos depois, e foi, precisamente no Estádio das Antes que viveu aqueles que foram os melhores momentos da carreira, somando um total de 74 golos (aos quais acrescentou, ainda quatro assistências) ao cabo dos 147 jogos oficiais em que foi utilizado.

O ponto mais alto teve lugar, claro está, a 27 de maio de 1987, no Praterstadion, na capital austríaca de Viena, onde marcou, de calcanhar, o inolvidável golo de calcanhar que abriu caminho à remontada dos dragões perante o Bayern Munique, numa vitória, por 2-1, que lhes valeu a conquista da Taça dos Campeões.

Durante os dois anos e meio nos quais alinhou de azul e branco, acabaria por conquistar, ainda, uma Taça Intercontinental, uma Supertaça Europeia, dois títulos de campeão nacional, uma Taça de Portugal e uma Supertaça Cândido de Oliveira. Seguiu-se uma (curta) passagem pelo Valencia, após a qual regressou ao FC Porto.

Aí, o avançado arrecadou mais um título de campeão nacional, uma Taça de Portugal e uma Supertaça Cândido de Oliveira, antes de partir para o Qatar SC, onde acabaria por colocar um ponto final na carreira. Rabah Madjer acabou por fazer, ainda, história ao serviço da principal seleção da Argélia, conquistando um Campeonato Africano das Nações (CAN), em 1990, e uma Taça Afro-Asiática de Seleções, em 1990/91.

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FONTE: https://www.noticiasaominuto.com/desporto/2891990/a-historia-desconhecida-da-chegada-de-madjer-ao-fc-porto-tours-nunca#utm_source=rss-ultima-hora&utm_medium=rss&utm_campaign=rssfeed


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